Começo essa postagem sobre
benefícios da amamentação afirmando que se olharmos para dentro de nós (mães) não
é fácil amamentar, o peito dói nos primeiros dias, às vezes sangra, faz feridas,
esteticamente não nos agradamos com o
tamanho dos nossos seios, às vezes falta paciência ficar ali sentadas esperando o bebê determinar a hora que eles deixarão o
peito por já estarem saciados, seria bem mais prático dar uma mamadeira de
leite prontinha com a quantidade certa para sua saciedade, além de ser um pouco
constrangedor, afinal não escolhem local para mamar, quando choram já sabemos seu desejo, e temos que dar de
mamar seja na praça, na igreja, porque são eles que determinam seus horários.
Enfim motivos suficientes para
não amamentar! Mais é claro que quando ganhamos esse título nobre de mãe nossa
visão muda e a minha também mudou, lembro-me que nos primeiros 15 dias ou mais
era tortura amamentar Samuel, meus seios feriram, a cada mamada minhas lágrimas
pingavam em seu rosto e estou falando sem exageros. Formavam-se feridas no bico,
pensei em desistir e achei estímulos para isso, cheguei a comprar leite(fórmula)
e até por algumas vezes dei por não suportar a dor.
Quando estava grávida eu sonhava
em amamentar, eu dizia orgulhosa que meu
filho nos 6 primeiros meses de vida iria ser alimentado apenas e exclusivamente
de leite materno e me peguei traindo minhas palavras, isso era difícil pra mim,
mais eu estava sofrendo, a dor era intensa. Graças a Deus meu esposo me ajudou
muito nessa fase, sua presença foi fundamental, todas as vezes que preparava o leite (fórmula)
era motivo de brigas e cara feia, então para aliviar meu sofrimento ele mesmo tirava o leite do peito e colocava
na mamadeira, mas eu sabia que as feridas e a dor só iriam desaparecer se eu persistisse. Foi assim que continuei a
amamentá-lo mesmo com toda dor e sofrimento.
Hoje olhando Samuel no auge dos
seus 1 ano e meio percebo como foi importante e essencial minha escolha e minha
abdicação (palavra que gosto muito de usar em se tratando de mães) para o seu
desenvolvimento intelectual, sua dentição, seu corpo, sua saúde, enfim em todos
os aspectos de sua vida sei que o leite materno contribuiu e contribui muito (ele
ainda mama) na vida dele.
Segue alguns benefícios mais importantes
da amamentação tanto para o bebê quanto para nós mamães:
O desenvolvimento psicomotor e social
do bebê amamentado é visivelmente melhor e resulta, na idade de um ano, em
vantagens significantes. O
leite materno contém endorfina, substância química que ajuda a suprimir a dor.
Por isso, amamentar o bebê logo após uma vacina ajuda a superar a dor e reforça
a eficiência da vacina.
Contém todos os nutrientes de que a
criança precisa nos primeiros seis meses de vida. Tem água em quantidade
suficiente: até em clima quente e seco, o bebê que mama exclusivamente no seio
não precisa nem mesmo de água ou chá. Contém proteína e gordura mais adequadas
para a criança, e na quantidade certa. Também tem mais lactose (açúcar do leite)
do que os outros leites, além de vitaminas em quantidades suficientes — não há
necessidade de suplementos vitamínicos. Tem ferro na quantidade adequada: não é
grande porção, mas ele é muito bem absorvido pelo organismo da criança. Além
disso, há quantidades adequadas de sais, cálcio e fósforo; há também uma enzima
especial (lipase) que digere gorduras, por isso o leite não é
"pesado" como outros, sendo facilmente digerido e absorvido. A
criança em aleitamento materno exclusivo pode querer uma nova mamada em
intervalo menor do que aquela que está tomando mamadeira.
Contato com a mãe todos os bebês precisam de carinho. Inúmeras pesquisas mostram: bebês que experimentam pouco contato físico com suas mães têm maior risco de adoecer e até de morrer. Na amamentação, o contato físico é maior e proporciona à mãe e ao bebê um momento de proximidade diária. Essa ligação emocional muito forte e precoce pode facilitar o desenvolvimento da criança e seu relacionamento com outras pessoas.
Nos bebês, o ato de sugar o seio é
importante para o desenvolvimento das mandíbulas. Bebês que mamam têm de usar
60 vezes mais energia para conseguir o alimento do que aqueles que tomam a mamadeira.
Como as mandíbulas são músculos, esses são excelentes exercícios, que
proporcionam o crescimento saudável de mandíbulas bem formadas. Entre as
crianças, quanto maior o período de amamentação, menor o risco de má-oclusão
dos dentes. Os bebês amamentados têm menor risco de contrair enterecolite necrotizante (uma doença intestinal
grave).
A amamentação protege o bebê contra
problemas de visão. O leite materno é, em geral, a maior fonte de vitamina A
nos primeiros 12 meses de vida (ou durante o período de amamentação).
Já para
as mamães os benefícios são:
A mãe que amamenta se sente mais
segura e menos ansiosa. A amamentação proporciona mais agilidade na diminuição
do volume do útero e miniminiza o risco de hemorragia no pós-parto, uma das
principais causas de mortalidade materna.
Bem no meio da cabeça habita uma
glândula muito importante, a hipófise. Quando a hipófise é estimulada pela
progesterona, libera um hormônio chamado ocitocina, estimulante das contrações
que vão diminuir o tamanho do útero e expulsar a placenta. Essas contrações também
agem nos vasos sanguíneos da mulher, diminuindo o sangramento. A mulher que amamenta tem menos risco
de desenvolver anemia (deficiência de ferro) e câncer de mama. Já que as
mulheres amamentando exclusivamente demoram mais tempo para menstruar, seu
"estoque" de ferro não é diminuído com o sangramento mensal. A
amamentação também diminui o risco de osteoporose na vida madura e diminui a
necessidade de insulina entre as mulheres diabéticas.
A amamentação estabiliza o processo
de endometriose materna. Não amamentar aumenta o risco de desenvolvimento de
câncer de ovário e câncer endometrial. O aleitamento pode auxiliar a espaçar a
intermitência das gestações. Amamentar ajuda a mulher voltar ao peso habitual
mais rapidamente.
O leite materno está sempre na temperatura
ideal, então você não precisa se preocupar se está frio ou se vai queimar a
boquinha do neném. Além do mais, nunca azeda ou estraga na mama, isso é mesmo
muito prático.
Bom, os benefícios por si só falam,
acredito que não há nem como não pensar em não amamentar, mesmo com alguns incômodos
que trazem para nós mães, mas, o que importa mesmo é a saúde das nossas
crianças, logo, se pensarmos nelas em primeiro lugar estaremos fazendo bem a
nós mesmas.
Portanto, se estiver grávida pense
muito em optar pela amamentação, é o melhor custo benefício já existente, as
Fórmulas Infantis (NAM, NESTOGENO, APTAMIL, entre outras) são caras e se possuímos
totalmente de graça digamos que, o “ELIXIR DA VIDA” porque privar nossos
filhos, além de estarmos perdendo o
melhor benefício que é o contato físico, visual e afetivo com eles, já que
esse é um momento de intimidade sua e dele?
Amamentação apoie e incentive essa ideia,
passe adiante!
(Foto de Samuel mamando nas primeiras horas de vida)
Segue um vídeo no Ministério da Saúde incentivando a amamentação.
Parabéns mamãe Alessandra! Você esqueceu apenas de relatar como foi a saída de Samuel da maternidade (com o açúcar baixo) a recomendação foi amamamentar bastante...Porém o menino sonolento que ainda estava acostumado com o acochego da barriga seu primeiro ambiente, não acordava de modo nenhum. Vi naquele dia nascer uma felina, instintiva, protetora, mãe que foi capaz de passar horas gotejando leite do peito na boquinha do Samuel (sem se importar por ele estar dormindo) para que tivesse ânimo, foi muito lindo. Ela gotejava leite, lágrimas e orava pedindo a Deus para que o filho não precisasse voltar à maternidade. A essas alturas eu (Dindinda)estava escondida com a cabeça cheia de água também. No maior choro. rsrsrsrsrsr
ResponderExcluirMenina, e não me lembro o quê, depois daquelas gotas de sangue, por que as lagrimas saíam de dentro (profundo) do meu coração com cor e gosto de sangue descobri o que a maternidade havia feito comigo! Não teria como não compartilhar e incentivar a amamentação não é mesmo?
ExcluirVamos amamentar mulherada! Abdicar é o verbo esencial para ser mãe.
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